Além de obter a certificação desejada e trabalhar na manutenção do Sistema de Gestão, as organizações devem evoluir o SGQ para alcançar melhores resultados no longo prazo.
O tema Sistema de Gestão da Qualidade é recorrente aqui no blog e isso não é por acaso. A ISO 9001 é a norma da família ISO de maior reconhecimento internacional e uma das mais dinâmicas entre todas as certificações disponíveis. Sua implementação traz benefícios tangíveis e imediatos para qualquer organização, visto que uma das vantagens do SGQ é sua personalização de acordo com as características e necessidades da empresa.
Porém, no longo prazo não basta obter o selo da ISO 9001 e utilizá-lo como uma chancela para a qualidade dos produtos e serviços, a partir dos processos organizacionais. É preciso promover a manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade e, mais que isso, evoluir suas premissas. Isso é necessário porque os cenários globais mudam constantemente, em aspectos econômicos, políticos, culturais etc., e o caminho para que a organização se mantenha relevante passa pela adaptação a aspectos externos e internos.
Zoom out: monitoramento e adaptação a fatores externos
Se existe algo que não pode ser aceito em uma organização após a implementação da ISO 9001, é o comodismo. A simples obtenção do selo não garante, de forma alguma, que a empresa se manterá como referência em processos de alto nível, produtos e serviços de qualidade, entre outros atributos positivos. Para evoluir estes aspectos, é preciso se atentar aos fatores externos.
Lideranças e equipes devem estar sempre acompanhando os movimentos do mercado de atuação da empresa, bem como os novos hábitos dos consumidores, fenômenos econômicos e políticos, inovações tecnológicas etc. A melhor forma de lidar com essa volatilidade inevitável é por meio de processos flexíveis e modelos de trabalho ágeis. Em outras palavras, sua organização deve ser capaz de mudar com rapidez e assertividade, sempre que necessário.
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Zoom in: foco em ações efetivas no microambiente
Da mesma maneira que o macroambiente exerce grande influência sobre o funcionamento da organização, os aspectos internos também merecem atenção e aprimoramento constantes.
No âmbito da Gestão da Qualidade Total, surgida na década de 1950, a qualidade não é algo associado apenas aos produtos e serviços, muito menos de responsabilidade apenas de alguns setores. Trata-se de um esforço de toda a organização, em todos os níveis e pontos de contato, associado a ações de planejamento estratégico e de melhoria contínua.
Para evoluir nessa direção, a organização precisa de políticas internas claras e coerentes, fornecimento dos recursos necessários para a produtividade, engajamento das lideranças e equipes e, acima de tudo, da já abordada cultura organizacional, indispensável para que o ambiente interno funcione adequadamente.
Em síntese, a evolução de um Sistema de Gestão da Qualidade exige esforços coletivos e abrangentes, de modo a atender as necessidades externas (mercado, governos, sociedade, mudanças tecnológicas etc.), e internas (gestão de pessoas, comunicação clara, políticas de ação atualizadas, cultura organizacional etc.).
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