
25 fev Qual a relação entre certificações, engenharia, inovação e o futuro das cidades?
O futuro urbano vai exigir sustentabilidade, soluções inteligentes e qualidade de vida em foco, para atender uma população em crescimento e transformação. Entenda melhor o conceito de cidades inteligentes e sua relação com os aspectos citados no título do artigo.
Em 2020, um processo de transformação global teve início e está longe de terminar. Devido aos efeitos socioeconômicos da pandemia de Covid-19, ficou evidente que o funcionamento das cidades, sobretudo nos grandes centros urbanos, não será como antes. Mesmo após a flexibilização nas medidas de isolamento social, muitas empresas já anunciaram que adotarão o modelo de trabalho home-office de modo definitivo, mesmo após a vacinação de seus colaboradores. Na mobilidade, o fluxo de automóveis e passageiros diminuiu drasticamente em decorrência disso, fazendo com que muitas pessoas repensem a necessidade de manter um veículo próprio. Estes são apenas alguns exemplos recentes.
Considerando que a tendência para o futuro é de que muitas pessoas passem mais tempo em casa, a discussão sobre a transformação das cidades abrange a reconfiguração de espaços públicos, desenvolvimento de ações e projetos de sustentabilidade, soluções inteligentes para problemas urbanos antigos e para outros tantos que ainda surgirão e, especialmente, a construção de moradias que atendam uma população global em crescimento e que garanta qualidade de vida, segurança e conforto.
Portanto, retomando o questionamento do título deste artigo, qual a relação entre certificações, engenharia, inovação e o futuro das cidades – ou as cidades do futuro?
Cidades inteligentes: por onde começar?
O termo “cidades inteligentes” (ou smart cities) não é novo para quem atua nos setores de engenharia ou inovação, por exemplo. Em síntese, a premissa das cidades inteligentes é promover a otimização do uso e do reaproveitamento de todos os seus recursos, de modo a oferecer soluções e possibilidades modernas e tecnológicas aos seus moradores nos quesitos mobilidade, segurança, energia, limpeza, acessibilidade e todas as outras áreas possíveis. Há alguns anos essa ideia poderia parecer utópica, mas, com o avanço recente da tecnologia, já é possível identificar recursos de cidades inteligentes em todo o mundo. Câmeras de monitoramento com reconhecimento facial na China, ações de estímulo ao uso de transportes públicos ou alternativos (bicicletas, patinetes) na Holanda e no Japão, programas inovadores de coleta seletiva e combate à poluição no Brasil etc.
Tudo ainda é recente, mas o ponto de partida para o desenvolvimento de uma cidade inteligente em qualquer nação é a participação efetiva de diferentes agentes: poder público, iniciativa privada, instituições de ensino, ONGs e população devem trabalhar em conjunto. Se sua empresa atua no ramo de engenharia, mobilidade, sustentabilidade, tecnologia ou qualquer outro segmento que possa ter envolvimento com as iminentes cidades inteligentes, a hora de se preparar é agora.
O papel das certificações na construção do futuro
O que fazer, de fato, para que sua organização esteja apta a participar ativamente neste processo de construção ou reconfiguração das cidades inteligentes que serão comuns em alguns anos? A resposta está nas certificações. Já existem normas da família ISO específicas sobre o tema, como a NBR ISO 37120 – Desenvolvimento sustentável de comunidades – Indicadores para serviços urbanos e qualidade de vida; ou a variante ISO 37122, que define os conceitos padrões que fazem uma cidade ser considerada inteligente.
Além disso, normas já consolidadas como a ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental e a ISO 45001 – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional, por exemplo, auxiliam as organizações a se prepararem para o futuro consolidando processos com alto nível de qualidade, começando hoje mesmo. Clique nos links acima para saber mais.