
10 jun Como escolher uma empresa de consultorias?
A modernidade exige um novo modelo ético nos relacionamentos
Já vai longe o tempo em que a palavra bastava, o fio de bigode era questão de honra, e o nome da família não poderia ser sujado. Hoje em dia existem contratos para não serem cumpridos e leis para não serem obedecidas, entre o legal e o moral, entre o certo e o aceitável, surgem variantes de todos os tons… inclusive o de facilitação de certificações.
É sobre este tema que iremos abordar neste artigo, pois estamos passando por momentos difíceis, quando achamos que estamos comprando trigo mas na verdade o saco está cheio de joio, que é aquela coisa daninha que surge entre as boas a as tentam corromper.
A realidade é que existem muitas empresas enxutas, que estão saindo da crise que atingiu a quase todos nos anos anteriores, e por este motivo os seu funcionários normalmente estão sobrecarregados, pois possivelmente assumiram atividades de outros colegas que saíram da empresa. Estas pessoas também estão sendo lideradas por outras despreparadas, pois alguns chefes também foram demitidos, e por falta de recursos estão agindo com amadorismo e baixo investimento por parte da Direção.
Diante deste cenário surgem os “especialistas” denominados de consultores, que tecnicamente apresentam conhecimento suficiente para orientar empresas em suas necessidades, ou em alguma expertise da empresa que ora não está sendo observado ou bem executado devido à velocidade em que as técnicas administrativas ou produtivas vem mudando, uma ótima saída estratégica e econômica, mas que deve ser levada em consideração também sob o olhar ético.
O fato do consultor não pertencer ao quadro de funcionários, não significa que ele possa ignorar os valores, a cultura e a hierarquia da contratante.
Os primeiros consultores do mundo
Conforme o livro “Sapiens” os primeiros consultores surgiram quando um de nossos ancestrais deixou de ser um coletor/caçador e descobriu a agricultura, se especializou no assunto, e outros também seguiram este caminho e iniciamos a cultura agrícola. Porém com o tempo os conhecimentos milenares foram se perdendo em virtude da especialização, e assim ocorreu também com a era industrial… assim, sabemos hoje muito de uma determinada função ou área, mas não sabemos mais sobre tudo.
Esta carência de conhecer a fundo todas as áreas nos leva a consultar os especialistas, que muito podem contribuir em determinadas ocasiões: medicina, jurídica, segurança, mecânica, eletrônica… inclusive na gestão da qualidade em empresas.
Como contratar uma consultoria?
A consultoria empresarial é fundamental em algumas situações, e devido a sua importância seguem cinco dicas relevantes:
1 – Informações relevantes
Se você empresário não dispõem das informações que necessita, de forma fácil, rápida e segura, precisa de um consultor “atualizado”, que esteja em constante constante aperfeiçoamento e que entenda seu mercado de atuação. Não se arrisque com consultores iniciantes ou que não estejam atualizados com as tendência mundiais.
2 – Resultados
Evite contratar o famoso “Rolando Lero”, ou seja, aquele que somente apresenta conversas e nada mais, procure consultores que mostraram resultados em outras empresas, com técnicas e ferramentas de gestão com bases científicas e testadas com sucesso em outras organizações, de preferência em seus concorrentes, pois estes profissionais efetivamente poderão incrementar os resultados que você deseja em sua empresa.
3 – Contrate pelo valor e não pelo preço
Realize orçamentos e comprove o custo benefício das opções que encontrar no mercado, dentre os que estiverem em sua mira, marque reuniões, ligue para os clientes que ele já atendeu, peça o seu código de ética, analise o contrato, pois como em quaisquer áreas existem bons e maus profissionais. Lembre-se que o seu consultor deve apresentar “valores” e não somente preço baixo.
4 – Consultor é consultor…
Se a sua consultoria realiza as negociações com os Organismos Certificadores, fornecedores, clientes… alerta máximo, se a sua consultoria indica os mesmos fornecedores em todos os seus clientes… fuja dela. São evidências claras de envolvimento comissionado com terceiros. Dê ao seu consultor toda a liberdade dele apresentar as melhorias em sua empresa, mas mantenha sob seu olhar tudo o mais.
5 – Prazo de término
Todo processo tem começo, meio e fim, e também a sua consultoria deverá ter um prazo para se encerrar. Saber a hora de dar “tchau” para o cliente é o ponto mais relevante de um bom consultor, pois existem profissionais que geram dependências de clientes para que mantenham o seu ganho mensalmente, durante anos. Nada impede que se façam novos contratos, para atender novas demandas, mas o consultor não pode ser um “funcionário” da empresa, ele está ali para ensinar, orientar, monitorar… e não para realizar as atividades.