AGQ Brasil | A Iluminação Artificial e o Desempenho das Edificações Habitacionais
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A Iluminação Artificial e o Desempenho das Edificações Habitacionais

A Iluminação Artificial e o Desempenho das Edificações Habitacionais

A adequação ambiental é um dos pontos abordados pela ABNT NBR 15575:2013 – Edificações Habitacionais – Desempenho e esse requisito traz incentivos sobre a adoção de soluções que minimizem o consumo de energia no ambiente construído, como a utilização da iluminação e ventilação natural. 

A Norma de Desempenho também estabelece níveis mínimos de iluminamento geral para iluminação artificial, visando propiciar condições satisfatórias para a realização de atividades no período em que o nível de iluminância natural não seja mais suficiente para a realização de tarefas nas dependências internas ou não favoreça a circulação com conforto e segurança nos ambientes.

Para que você consiga atender esse requisito de forma prática e correta, a seguir foram relacionados alguns pontos que devem ser observados na fase de estudo de projeto e quando da elaboração do manual do proprietário e das áreas comuns.  

 

Qual o método exigido pela NBR 15575?

Sabemos que muitas empresas construtoras não desenvolvem projetos luminotécnicos para seus empreendimentos residenciais, ficando a cargo do próprio cliente a escolha e a instalação de lâmpadas e luminárias, sendo raras as situações em que profissionais especialistas no assunto são contratados para compatibilizar a técnica com a estética.   

Apesar da NBR 15575 mencionar a análise de projeto como um dos métodos de avaliação e esta ser uma prática que deveria ser adotada por toda empresa construtora, a parte 1 da Norma de Desempenho não exige que você desenvolva um projeto de iluminação, sendo aceito também o método de cálculo e a medição in loco para comprovação do atendimento aos requisitos e critérios direcionados ao bom iluminamento artificial. 

Apesar das normas NBR 5413 e da NBR 5382 que abordavam, respectivamente, sobre a iluminância de interiores e os seus métodos de verificação, terem sido substituídas pela NBR ISO/CIE 8995-1:2013 – iluminação de ambientes de trabalho, é possível realizar as avaliações de desempenho de forma prática e coerente com o perfil do edifício residencial. 

 

Como fazer uma análise simplificada? 

Uma das primeiras características observadas quando da aquisição de uma lâmpada é a potência Watts (W), porém, embora a potência seja um fator atrelado à eficiência energética, o fluxo luminoso (lm) da fonte é o ponto chave da análise. 

Representado pelo símbolo Ø, o fluxo luminoso, cuja unidade é o lúmen (lm), corresponde a radiação total que uma fonte luminosa emite em todas as direções e que é percebida pelo olho humano, estando diretamente relacionado à Iluminância ou Iluminamento. Designado pelo símbolo “E”, a unidade do iluminamento é o lux (lx) e representa a razão entre o fluxo luminoso emitido e a área do ambiente, conforme exemplificado na figura abaixo:

Como a Norma de Desempenho já define os valores mínimos de iluminância (lx), precisamos verificar se o tipo de lâmpada ou luminária que será escolhida ou sugerida ao cliente atenderá aos parâmetros estabelecidos para cada ambiente da edificação, incluindo alguns espaços das áreas comuns. 

Para uma conta rápida e simplificada, podemos estimar o fluxo luminoso pelo exemplo a seguir: Imagine que você tenha escolhido uma luminária de 850 lúmens e deseja verificar se a mesma atenderá o nível de iluminância para um quarto de casal com 8 m². Considerando que o nível mínimo de iluminamento definido para essa dependência é de 100 lux, basta fazermos a seguinte relação: 

 

 lúmen = lux x

 

Desta forma, teremos: 100 lux × 8 m2=800 lúmens. Sendo assim, podemos dizer no primeiro momento que há potencial de atendimento do critério estabelecido pela Norma de Desempenho.  

 

Como realizar o método de cálculo completo? 

Se você deseja analisar de forma mais completa os níveis de iluminamento requeridos pela parte 1 da NBR 15575, o Método dos Lúmens é o mais utilizado, pois considera as principais variáveis que podem impactar o desempenho lumínico de uma edificação. 

Trata-se de um procedimento que relaciona as dimensões, o comprimento e a largura do recinto, assim como a altura da luminária em relação ao plano de trabalho, conforme indicado na equação abaixo:

 

Onde:

– k = índice do recinto

– c = comprimento do local;

– l = largura do local;

– h = altura de montagem da luminária (distância da fonte de luz ao plano de trabalho)

Após a análise das condições do recinto, partimos para a verificação do fluxo luminoso total para um determinado ambiente e logo após se analisa o número de luminárias que será necessário para cada dependência, conforme indicado abaixo:

Onde:

Ø = fluxo luminoso total, em lúmens

S = área do recinto, em metros quadrados

E = nível de iluminância, em lux (tabela norma)

η = fator de utilização ou coeficiente de utilização (fabricante luminária)

Fd = fator de depreciação ou de manutenção do ambiente (tabelado)

N = número de luminárias

φ = fluxo por luminária, em lúmens

 

Como devo fazer a medição in loco para atender a Norma de Desempenho? 

Após a finalização da obra, o ideal é que você faça a instalação das luminárias que serão sugeridas ao cliente em pelo menos uma das unidades, pois assim será possível fazer as medições nas dependências através de um luxímetro portátil. 

A NBR 15575 especifica o passo a passo para a realização das medições in loco, incluindo os ambientes das áreas comuns. A verificação deve ser feita no período noturno, no plano horizontal, a 0,80 m acima do nível do piso, com o emprego de luxímetro portátil com erro máximo de +/- 5% do valor medido nas seguintes condições:

1º) medições sem nenhuma entrada de luz externa (portas, janelas e cortinas fechadas);

2º) medições realizadas com a iluminação artificial do ambiente totalmente ativada, sem a presença de obstruções opacas (exemplo: roupas estendidas nos varais);

3º) medições no centro dos ambientes;

4º) medições nos pontos centrais de corredores internos ou externos à unidade;

5º) para escadarias, medições nos pontos centrais dos patamares e a meia largura do degrau central de cada lance.

 

Posso realizar a análise através de softwares?

Muitos profissionais utilizam softwares para desenvolver seus projetos luminotécnicos, pois são ferramentas que permitem estudos mais rápidos, que facilitam a escolha dos sistemas de iluminação e as tomadas de decisões para o projeto. 

Mas apesar dos programas existentes no mercado facilitarem as verificações, boa parte das bibliotecas disponibilizadas pelos fabricantes não abrangem os dispositivos de iluminação com valores mais acessíveis ao público, restringindo as diversas possibilidades que podem ser obtidas por meio das simulações.  

Como a análise da iluminação artificial demanda o conhecimento das informações técnicas sobre o desempenho das lâmpadas e luminárias utilizadas, antes da escolha dos dispositivos para inserção nos softwares especializados, você deve pesquisar o tipo de lâmpada ou luminária que sejam mais adequados ao perfil do empreendimento e compatíveis com a realidade dos usuários finais. 

 

Como unir sustentabilidade e desempenho? 

O consumo de energia no uso e na ocupação da habitação precisa ser pensado quando do estudo preliminar da edificação, por isso o projeto elétrico e/ou o projeto luminotécnico devem privilegiar a adoção de soluções que garantam alternativas para a redução 

Ao ler o nosso artigo sobre “Sustentabilidade em obras” você irá perceber que as recomendações incluem a redução de energia e o consumo consciente dos recursos naturais desde a execução da obra e não apenas quando da ocupação do imóvel pelos proprietários ou futuro moradores. 

Sendo assim, não tem como você definir o desempenho de um empreendimento sem pensar nos requisitos de eficiência energética e nos princípios de sustentabilidade que envolvem o ambiente construído. 

 

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